As empresas de carsharing estão conquistando espaço, entenda quem são elas

Quer investir em empresas de carsharing e entender melhor sobre o mercado, ou pensa em abrir um startup na área? Saiba mais no artigo!

Empresas de carsharing buscam transformar a experiência da mobilidade urbana no mundo e por isso tem se transformado em tendência de negócio

Carsharing ou compartilhamento de carros é um serviço de aluguel de automóveis visionário no âmbito de mobilidade urbana. Ele impacta donos de veículos que não fazem muito uso de seus carros e pessoas que não dispõe desse recurso, mas que em momentos específicos desejam contar com a praticidade que esse meio locomotivo oferece.

De acordo o portal G1, o número de carros aumenta cada vez mais. Hoje em dia no Brasil, a cada 4,4 habitantes há um automóvel. Há uma década esse número era significativamente inferior, um carro para cada 7,4 habitantes.

Apesar desse número significativo, nem todos os veículos estão nas ruas diariamente. E na perspectiva de que o carro é um bem ativo, surge daí um novo conceito de negócio: carros compartilhados.

Isso porque, ao mesmo tempo que uma parcela da população dispõe de carro, outra, por diversos motivos, não adquire o seu próprio móvel. As causas mais comuns são: o excesso de veículos nas cidades – causando trânsito -, os gastos significativos com manutenção, impostos (IPVA), seguro, combustível, pedágios e possíveis multas.

Se você está de olho nessa potência e, portanto, quer melhor compreender o que é carsharing, ter um breve panorama do mercado internacional e nacional desse modelo de negócio e, ainda, descobrir sobre as tendências desse setor, então confira mais adiante, nos próximos parágrafos vamos compartilhar todas essas informações!

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O que é carsharing? Explicando esse modelo de negócio

Na rota de aplicativos de corrida, o carsharing ou carpooling é um negócio de aluguel de veículos por hora. A ideia é que um único carro seja utilizado por uma pessoa ou um grupo ao longo do dia.

Atualmente no mercado há três modelos de compartilhamento de carro:

  1. Roundtrip (fixo): o indivíduo retira e entrega o carro no mesmo local;
  2. One-way (livre): a pessoa aluga um veículo em um ponto A e o devolve em um ponto B;
  3. Peer-to-peer (P2P): o proprietário disponibiliza seu automóvel para outro usuário;

A ideia surgiu na década de 80

Apesar de ser tendência desde 2008 em diversos países, mas ter seu pico de ascensão – aqui no Brasil – datado para os próximos anos, a ideia de carros compartilhados já é realidade desde a década de 80, através de experimentos feitos na Alemanha e nos Estados Unidos.

Mas o conceito de carsharing vingou mesmo conforme os avanços tecnológicos ficaram mais acessíveis na sociedade. Sendo ele pensado para contemplar tanto pessoas físicas como pessoas jurídicas.

Empresas de carsharing

Na modalidade “empresas de carsharing”, as corporações específicas deste ramo, aluguel de carro, disponibilizam veículos para usuários interessados. O cliente faz a solicitação através de um aplicativo ou do site.

Normalmente a reserva do carro é feita de uma a 48 horas. O motorista não precisa abastecer, pois o combustível está incluso no pacote. O indivíduo pode tanto retirar o carro em um posto e entregar em outro, ou pegar e devolver no mesmo lugar.

Carsharing entre pessoas físicas

O carsharing entre pessoas físicas acontece quando um dono de automóvel não utiliza seu próprio carro de forma constante e deseja usar o tempo ocioso do bem compartilhando por determinado um tempo com outras pessoas, em troca de um valor do aluguel.

Há aplicativos destinados a essa modalidade de compartilhamento de carros em que os proprietários dos automóveis e os locatários se cadastram. Através da tecnologia, ambos os interessados conseguem determinar hora de retirada e entrega, valores e demais questões necessárias para o fechamento do contrato.

Carsharing não é o mesmo que o tradicional aluguel de veículos?

O tradicional aluguel de veículos exige uma série de requisitos. Há burocracias tanto para retirar como para devolver o automóvel. A devolução deve – obrigatoriamente – ocorrer nos espaços físicos das locadoras.

Já o carsharing usa um sistema que facilita esse processo de aluguel e entrega. Através dele, o usuário precisa baixar o aplicativo correspondente com a operadora que fornece o serviço e destravar o uso do carro. 

Ou seja, todo o trâmite do aluguel e da entrega do automóvel é feito através da tecnologia disposta no aplicativo. Nesse modelo de negócio em questão, não há necessidade de contato com profissionais da empresa responsável. E mesmo que o meio seja facilitador, em termos de segurança, o modelo é igualmente seguro como o tradicional aluguel de carros.

No trâmite de devolução especificamente, há duas alternativas, que dependerão do aplicativo escolhido. No modelo fixo, o usuário precisa entregar o carro na mesma localização que iniciou o trajeto. Já na opção livre, o indivíduo pode encerrar a rota em qualquer local da cidade, desde que naquela região também seja oferecido o serviço.

Existe também a opção peer-to-peer que, através do aplicativo, o dono do veículo seleciona quando e para quem deseja alugar o seu carro. O proprietário do automóvel pode, portanto, dispor de uma nova fonte de renda, disponibilizando seu carro a outros interessados em momentos em que ele estiver em desuso.

Enfim, o carsharing traz um novo conceito de aluguel de automóveis, tendo liberdade, experiência, segurança e sustentabilidade como pilares na oferta do serviço.

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Carsharing e sustentabilidade

Por conta do crescimento acelerado das metrópoles globais, a mobilidade urbana passou a ser uma temática de grande discussão. Junto dela, a sustentabilidade surge como fator influente na mudança no hábito de consumo desse âmbito.

O estudo Shared Mobility realizado pela Universidade da Califórnia sobre mobilidade urbana e carsharing evidencia que para cada automóvel compartilhado, há a diminuição de aproximadamente 9 a 13 automóveis na rua.

Ao passo que um indivíduo que utiliza o serviço consegue otimizar o seu dia alugando um veículo por um breve período de tempo, na sequência, o mesmo automóvel, fica disponível para outro usuário. Essa proposta vai além das vantagens pessoais de quem adere ao serviço e de quem o oferece:

  • Elimina o tempo ocioso dos carros;
  • Contribui com a diminuição do trânsito nas cidades e consequentemente na emissão de gases poluentes, como o CO2;
  • Soluciona a necessidade de fácil acesso à cidade, principalmente no Brasil, onde o transporte público ainda não consegue conectar todas as regiões de uma determinada localidade de forma prática.

Panorama do mercado internacional

Empresas de carsharing estão presentes nas Américas, Ásia e Europa e disponibilizam uma frota de mais de 500.00 automóveis, usados por aproximadamente 50 milhões de usuários no mundo, de acordo com a Turbi

Só nos Estados Unidos já se contabilizam 33 empresas nesse modelo, enquanto a Itália tem 27 companhias e está na segunda colocação da lista de top 10 países onde existem mais organizações atuantes no serviço de carsharing, criado pela Carsharing Marketing & Growth Analysis 2019. Só nesse ranking há mais de 170 empresas.

Se examinada as cidades que mais ofertam o serviço de carpooling, a capital da Rússia, Moscou, é considerada a maior, porque tem 20 empresas. No geral, as organizações que mais se destacam por oferecer esse tipo de serviço que tem como foco o compartilhamento de automóvel são a. Yandex.Drive, ShareNow e Evcard. 

Panorama do mercado nacional

Na América Latina especificamente, a Turbi é conhecida como a maior empresa de carsharing. Ela se utiliza do modelo “roundtrip” e disponibiliza seus serviços na cidade de São Paulo, Alphaville e no aeroporto de Guarulhos.

Outros players do mercado no âmbito brasileiro são a Beep Beep, que atua com carros elétricos, a Velo-City que trabalha no Rio de Janeiro e está testando o modelo “Free Float” e a moObie, que concentra suas atividades no formato P2P.

A partir do segundo semestre de 2021, o Itaú Unibanco também disponibilizará plataforma de compartilhamento de veículos na cidade de São Paulo. O serviço se chamará Vec Itaú e contará com carros elétricos. O usuário irá retirar o veículo em uma estação do Vec Itaú e devolverá em qualquer outra unidade, que contará com uma estrutura para recarga da bateria dos carros.

O potencial do mercado brasileiro

Em uma entrevista do CEO da Turbi, Diego Lira, disponível no site Infosistemas, o profissional diz que o serviço de carsharing é tido como solução para uma lacuna que plataformas como Uber e aluguel tradicionais não resolvem, que é a vontade de dirigir. 

As pessoas não objetivam ter os gastos com manutenções e demais necessidades que o carro requer, mas querem ter a experiência de dirigir. Devido a essa principal motivação, a iniciativa tem alta potência de mercado no Brasil.

Tendência

Pela pesquisa Carsharing Marketing & Growth Analysis 2019, o modelo de negócio se tornou tendência e segue crescendo. Em 2018, o mercado mundial chegou a valer quase US$ 34 bilhões e até 2025, ele pode atingir US$ 103 bilhões.

Isso quer dizer que a tendência para o mercado de carpooling, tanto nacional como internacional, é de crescimento. No Brasil, por ser um modelo de negócio ainda embrionário, ele é um mercado fértil para se investir.

Compartilhamento de carros para empresas

Não somente as pessoas físicas podem se beneficiar do serviço de carsharing. As empresas conseguem aderir a essa alternativa de compartilhamento de automóvel. Elas podem migrar do modelo de reserva de veículos de frota para o carsharing. Esse investimento pode trazer grande economia para as organizações. 

Investimento no setor

O investimento no ramo de compartilhamento de carros tem crescido rapidamente porque é uma ideia que vem de encontro a economia compartilhada, uma tendência em expansão no Brasil e no mundo. Mas aqui especificamente, há um mercado enorme a ser explorado.

As empresas de carsharing têm investido para possibilitar que a tecnologia seja cada vez melhor, de maneira que passe a ser imprescindível, principalmente para as empresas. Dado a isso, investidores buscarão por startups que surjam no mercado, visto que a possibilidade de valorização, venda ou mesmo oferta pública inicial (IPO) é grande.

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