Quem pretende se tornar um investidor anjo ou ainda está iniciando no mercado de investimento em startups, precisa ter um glossário do investidor anjo para se familiarizar com os principais termos. Confira!
Uma das dificuldades de quem deseja se tornar um investidor anjo é compreender todos os termos do mercado de investimento em startups. Com uma variedade de termos como “Break Even”, “Business Model Canvas”, “C-level”, “Equity”, entre outros, aprender o que significam irá facilitar a comunicação com outros investidores e empreendedores.
Você já pensou em ter um glossário do investidor anjo? Neste post, preparamos uma lista com os termos mais utilizados e que mais geram dúvidas. Continue a leitura e aprenda mais sobre a linguagem própria de um investidor eficaz!
A importância de conhecer os termos do mercado de startups
Estudar as opções de investimentos em startups nem sempre é uma tarefa fácil. Para quem deseja atuar como investidor anjo, muitos termos geram dúvidas pela falta de conhecimento sobre seu significado.
Diante disso, a tarefa de acompanhar notícias ou até ler materiais sobre o assunto pode se tornar algo extremamente difícil. E talvez, esse seja o primeiro, e principal motivo para conhecer melhor os termos do mercado de startups.
Entenda que ter a capacidade de compreender e interpretar as informações é de extrema necessidade para a sua jornada. Além do que, sem dominar os termos e a linguagem do segmento, o investidor anjo pode perder oportunidades para investir o seu capital.
Um glossário do investidor anjo torna-se uma excelente ferramenta para iniciar a jornada de aprendizado. Com ele, é possível ter acesso aos principais termos e seus significados, o que irá facilitar a compreensão das informações do mercado. Dessa forma, também há mais possibilidades de sucesso ao investir em projetos de inovação.
Glossário do investidor anjo: conheça 28 termos usados
O mercado de startups conta com uma linguagem muito específica, então um glossário completo seria algo muito extenso. Porém, existem alguns termos que são mais utilizados e que podem gerar mais dúvidas para quem está iniciando nesse processo.
A seguir, você irá encontrar uma lista com os principais conceitos e seus significados. Acompanhe!
1. Aceleradora
Grupo de empresas cujo objetivo é acelerar o crescimento e o desenvolvimento de startups, para que possam obter novas rodadas de investimento ou atingir um ponto de equilíbrio (break even).
É comum a aceleradora tornar-se uma sócia minoritária da startup, ao realizar um “survival money”. Esse investimento pode ser feito normalmente logo após a startup ser selecionada por um programa de aceleração.
2. Aporte de capital
É basicamente todo investimento ou contribuição financeira que a startup recebe, para poder crescer. Os aportes de capital podem ser realizados tanto por fundos de venture capital (mesmo quando existem outros tipos de investidores), quanto integrar rodadas de investimento.
3. Balanço
É uma das 3 principais demonstrações financeiras – relatório de registro de ativos, passivos e patrimônio líquido de uma empresa em um único dia, que traz claramente a realidade financeira de um determinado momento do negócio.
Investidores costumam solicitar o balanço de final de mês, ou do último ano, para revisar.
4. Bootstrapping
Quando uma startup se autofinancia, ou seja, ela inicia sem capital externo. Utiliza recursos do próprio empreendedor ou conta com receita do negócio.
O termo em inglês “bootstrapping” refere-se à capacidade da startup de começar por conta própria, sem ajuda externa.
5. Break Even
É o momento em que os custos totais do negócio e a receita total chegam em um ponto de equilíbrio, ou seja, a empresa começa oficialmente a “se pagar” por meio do que produz.
É comum ter startups que demoram anos para chegar no ponto de break even, muitas inclusive, contam com uma estratégia de crescimento em que preferem investir internamente e se fortalecer no mercado, antes de gerar lucro.
6. Burn Rate
Refere-se ao fluxo de caixa negativo, ou seja, mede o tempo que uma startup sobrevive sem chegar a ter lucro, ou até, a se tornar sustentável. Para isso considera como período desde o início das operações até a conquista de uma carteira sólida de clientes.
7. Business Plan
Documento que traz o plano de negócios da startup. Descreve as principais atividades, toda a infraestrutura da empresa, os recursos que são necessários, a cadeia de parceiros, a proposta de valor, nicho e plano de receita.
8. Business Model Canvas
Modelo de documento muito utilizado por startups, que esboça de maneira ilustrativa o modelo de negócio, com principais pontos-chaves.
9. Capital de Risco
O capital de risco é um tipo de financiamento que é fornecido para startups e pequenas empresas para oportunizar o crescimento e sucesso do negócio. Normalmente estrutura-se o valor em dinheiro em troca de um percentual de participação.
Geralmente o capital de risco é oferecido por pessoas físicas que contam com alto patrimônio, fundos de investimento ou até mesmo instituições financeiras.
10. Capital de risco corporativo
Quando as empresas iniciantes recebem investimento de fundos corporativos, com o objetivo de retornar o investimento de maneira significativa, as empresas crescem.
11. Corretora de valores
Podem ser empresas, bancos, ou até mesmo pessoas físicas que compram ou vendem ações e títulos. Muitas vezes atua com corretagem, ajudando terceiros a comprar ou vender títulos, mas também podem atuar comprando e vendendo mais caro do que pagaram.
12. C-level
Termo utilizado para referenciar de maneira coletiva líderes que ocupam cargos mais altos nas companhias. São os chamados “chefes”, que participam de maneira ativa e estratégica nas tomadas de decisões do negócio.
As nomenclaturas do C-level são:
- CEO (Chief Executive Officer): é o mais alto cargo executivo e é o principal porta-voz da empresa para o mercado;
- CFO (Chief Financial Officer): executivo que atua diretamente com o CEO e é responsável pela estratégia financeira do negócio;
- COO (Chief Operating Officer): é o executivo que cuida da operação diária da empresa;
- CMO (Chief Marketing Officer): responsável pelas estratégias de marketing e branding do negócio;
- CTO (Chief Technology Officer): responsável em comandar as equipes de inovação e tecnologia.
13. Corporate Angels
Investidores denominados anjos corporativos. Normalmente procuram investir no negócio, para que, no futuro, trabalhem na startup.
14. Design Thinking
Abordagem que utiliza técnicas de design para ilustrar as estratégias do negócio. Permite mapear de ponta a ponta as oportunidades de inovação, com foco na solução de problemas.
15. Elevator Pitch
É um método de apresentação da startup realizado de forma objetiva e simplificada, visando despertar interesse do possível investidor para uma conversa mais profunda. Por definição, é uma conversa breve de elevador.
16. Equity
Etapa em que a startup entra para a bolsa de valores, ou se torna desejável para a venda, por meio da abertura de seu capital.
17. Founder e Co-founder
O termo Founder refere-se àquela pessoa que idealizou e fundou a startup. Se a empresa contou com a participação e auxílio de outras pessoas, essas são chamadas de Co-founder.
18. Incubadora
Programa realizado por uma organização, plataforma ou equipe de profissionais que têm o papel de ajudar os empreendedores a ampliar e expandir os negócios, logo no início. O programa pode contar com mentorias, orientações, local de trabalho e até financiamento.
19. Mentor
Dentro do mercado de startups, a pessoa que conta com uma experiência em alguma área fundamental para o crescimento das empresas e que pode auxiliar os profissionais e idealizadores de novos negócios, é chamada de Mentor.
Startups de sucesso geralmente vivenciaram um processo de mentoria, que contribuiu para o seu crescimento acelerado.
20. MVP (Produto Mínimo Viável)
Versão inicial do produto ou solução que a startup propõe para o mercado de forma que pode ser usada pelo cliente, mesmo ainda não estando 100% finalizada. O MVP é importante para o investidor anjo, pois traz uma referência da ideia a ser investida, junto a uma validação do próprio mercado sobre o que está sendo proposto.
Como MVP a startup pode utilizar links, apps, páginas de captação, maquetes, wiframes, demos, vídeos, entre outras possibilidades. São estratégias para gerar interesse do público em conhecer o projeto a ser lançado.
21. Pivô
Termo que remete à necessidade de mudar o modelo inicial de negócio da startup, buscando novas alternativas e lançando novas hipóteses para ele. Ou seja, quando a ideia não é validada, a startup pivota, e precisa buscar novas possibilidades e testar serviços, produtos e relacionamentos.
22. Seed Money ou Capital Semente
Organizado na forma de fundos de investimentos, o Capital Semente, ou Seed Money refere-se a investimentos realizados em startups iniciantes, que ainda não contam com uma consolidação de mercado. Literalmente são os primeiros investimentos de fundos externos que a empresa precisa receber para iniciar o seu processo de crescimento.
23. Seed Round
É o estágio em que a startup se encontra em que está pronta para receber seus primeiros investimentos externos, ou seja, o Seed Money.
24. Spin off
Termo que define quando um negócio é criado a partir de outro projeto ou empresa.
25. Stakeholders
São todas as partes responsáveis por tomar decisões em um projeto ou negócio. Ou seja, cada ação realizada dentro de uma startup, impacta um determinado grupo de pessoas, que podem ser afetadas direta ou indiretamente. Essas pessoas são chamadas de stakeholders.
26. Sumário Executivo
Importante parte do plano de negócios, em que o investidor poderá ter a compreensão se o projeto apresentado é viável ou não. O documento traz uma breve descrição técnica, inclui um breve relato da história da empresa e todo o seu processo de ideação, assim como o conceito do negócio e sua proposta de valor.
27. Unicórnio
Quando uma startup passa a valer, pelo menos, US$ 1 bilhão, antes mesmo de abrir seu capital na bolsa de valores, ela é chamada de Unicórnio. O termo refere-se à figura mítica, impossível de ser encontrada.
28. Valuation
É o termo que tenta definir o valor de determinada empresa, por meio de diversos fatores como a receita, a quantidade de clientes, o seu potencial de crescimento, plano de negócio, entre outros.
E para saber mais sobre o universo de investidores anjo para startups, confira tudo o que você precisa saber com o Guia da Startup!