As micro e pequenas empresas são responsáveis por grande parte dos negócios e têm uma influência significativa no equilíbrio econômico do país. Trata-se de empresas que oferecem boas oportunidades de crescimento e são excelentes alternativas para o investidor anjo.
Nesse contexto, ter uma carteira de investimentos diversificada e com empresas escaláveis é o objetivo de todo profissional que atua no mercado financeiro – além de ter maior possibilidade de obter a lucratividade, investir em empresas do simples nacional pode proporcionar muitas vantagens.
Mas afinal, como é a atuação do investidor anjo em empresas do Simples Nacional? Entender melhor o assunto é importante para o investidor que deseja acelerar os rendimentos. Pensando nisso, confira neste post informações relevantes e saiba como funciona esse processo de aporte de capital!
Qual a importância do investimento anjo para pequenos negócios?
A economia brasileira passa constantemente por períodos de instabilidade, causados por influências políticas e por outros fatores. Sendo assim, os riscos podem ser elevados, seja para investidores ou empreendedores, que devem ter planejamento e estratégias eficientes para sobressair aos desafios.
Nesse sentido, as pequenas empresas, que se enquadram no Simples Nacional, têm maior dificuldade para crescer em meio a cenários de crise. Ou seja, os efeitos da economia podem causar transtornos sérios para o desempenho do negócio, influenciando diretamente nos resultados.
Dessa forma, o investimento anjo é a oportunidade ideal para os pequenos empreendedores, pois além de consolidar a empresa, auxilia a criar soluções para aperfeiçoar os produtos e serviços, expandindo a atuação no mercado.
Em outras palavras, o investimento anjo é imprescindível para incentivar e apoiar a evolução das pequenas empresas, impulsionando os resultados. Por isso, representa uma grande possibilidade para acelerar a lucratividade e proporcionar benefícios a médio e longo prazo.
O que é o simples nacional e quais os benefícios desse regime tributário?
Ao abrir um negócio, os empreendedores devem definir o regime tributário para a empresa, que irá influenciar no pagamento de impostos, leis aplicáveis e cálculo de tributações e em muitos dos fatores importantes para a regularidade legal das atividades.
Diante disso, uma das opções de regime tributário é o Simples Nacional, que consiste em um regime criado em 2006 e tem como foco as micro e pequenas empresas. O objetivo desse regime é eliminar as burocracias para os pequenos negócios facilitando diversas obrigações, como o recolhimento de tributos e declarações.
De forma simples, para se enquadrar no Simples Nacional a empresa deve considerar o porte definido pelo seu faturamento, ou seja, apenas os micro e pequenos negócios podem ser do simples nacional, como:
- MEI – micro empreendedor individual;
- ME- Microempresa com até R$ 360 mil de faturamento em 1 ano;
- EPP – Empresa de Pequeno Porte com faturamento de R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões em 1 ano.
De fato, o simples nacional é um dos regimes tributários mais utilizados no mercado, com inúmeros negócios que fomentam a economia nacional – os benefícios para o empreendedor são muitos e garantem maior facilidade para conduzir os negócios.
Além de ter maior facilidade contábil, tributação unificada, facilidade de regularização e certificado digital, foram criados mecanismos para que empresas do simples nacional também recebam aporte de capital de investidores anjo, o que é considerado um grande benefício para empreendedores e investidores.
O que diz a lei sobre o investidor anjo nas empresas optantes pelo simples nacional?
Uma das principais dúvidas dos investidores é sobre a regularização do aporte oferecido às empresas, e se o processo está de acordo com as leis. É um fator importante, pois qualquer problema fiscal pode causar transtornos e prejuízos sérios.
Em janeiro de 2017 entrou em vigor a Lei Complementar n° 155/2016, que atualizou e simplificou o regime tributário do Simples Nacional. Um dos pontos mais importantes nessa nova lei é a otimização do processo de investimento anjo em negócios considerados microempresas ou empresas de pequeno porte.
Sendo assim, o investidor pode aplicar recursos em empresas do simples nacional, ou seja, micro e pequenos negócios de forma regularizada. De maneira simples, é possível investir por meio de contratos de participação e os recursos obtidos nos investimentos não serão integrados ao capital social da empresa.
Em outras palavras, o investidor anjo poderá investir nas empresas do Simples Nacional sem se tornar um sócio e ao final de um período determinado, terá os lucros correspondentes aos investimentos, não ultrapassando 50% dos lucros totais da empresa.
Outro ponto relevante da Lei Complementar 155/2006, é que o investidor anjo somente poderá exercer o resgate do investido após decorridos 2 anos da realização do aporte de capital, ou em um prazo superior ao determinado no contrato entre investidor e empreendedor.
Além disso, os seus haveres serão pagos em conformidade com o artigo 1.031 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil. Ou seja, não poderá ultrapassar o valor investido com as devidas correções, incluindo os lucros e valorização.
Caso o empreendedor decida vender a empresa durante a vigência do contrato de investimento, o investidor anjo tem prioridade para exercer a compra. Assim como o direito de venda conjunta da titularidade do aporte de capital, o que é importante para proporcionar segurança e transparência nos processos.
Nesse contexto, o investidor anjo tem benefícios importantes ao investir em uma empresa do Simples Nacional, como não ser responsável pelas possíveis dívidas da empresa mesmo se houver a recuperação judicial e a possibilidade de ter voto direto na gestão e administração da empresa.
O investimento anjo em empresas no Simples Nacional é um grande incentivo ao crescimento econômico, pois auxilia as empresas a superar adversidades. Dessa forma, além do aporte de capital os empreendedores terão a mentoria de especialistas no mercado.
Portanto, a Lei Complementar 155/2016 foi desenvolvida para facilitar e proporcionar transparência para investir em um setor fundamental para o país. O que permite ao investidor a possibilidade de multiplicar o patrimônio e ao empreendedor, a oportunidade ideal para impulsionar os resultados.
Como funciona o investimento anjo em empresas do simples nacional?
O processo para investir em um negócio é criterioso e diversos fatores influenciam nas decisões de um investidor por aplicar os recursos em determinada empresa. Além da análise do potencial de crescimento, é preciso avaliar fatores internos e mercadológicos.
Sendo assim, o investimento em empresas do Simples Nacional exigem ainda mais atenção do investidor, devido à alta vulnerabilidade desses negócios. Ou seja, por ser uma empresa pequena, os riscos podem ser maiores, por isso, é preciso avaliar minuciosamente o projeto.
O primeiro passo é avaliar a maturidade do negócio e em qual fase do desenvolvimento a empresa está – se é um negócio em fase embrionária ou se a empresa está consolidada no mercado e deseja ter aporte de capital para expandir a atuação, inovar e melhorar resultados.
Alinhado com o estudo de mercado, plano de negócios, do público-alvo, regularidade legal e potencial de escalabilidade, você terá clareza para avaliar se é uma alterativa promissora, e se a empresa pode valer o investimento a médio e longo prazo.
É importante que o contrato de investimento seja efetuado de acordo com as diretrizes da Lei Complementar 155/2016, para preservar o direito do investidor e do empreendedor, formando uma parceria de qualidade e livre de transtornos para ter foco apenas em evoluir o negócio.
Por que é importante investir em empresas do simples nacional?
O investimento anjo está em constante ascensão no mercado brasileiro e internacional, promovendo aportes para startups e empresas com ideias inovadoras, capazes de conquistar o mercado e gerar lucratividade para empreendedores e investidores.
Nesse contexto, além das startups, os investidores anjo têm várias possibilidades para diversificar a carteira e elevar os resultados, dentre elas, as empresas do Simples Nacional, que após a Lei 144/2016 entrar em vigor, o processo de investimento se tornou descomplicado e regularizado.
Dessa forma, o investidor anjo pode efetuar aporte de capital em micro e pequenas empresas com segurança e contar com mais oportunidades no mercado. Trata-se de um novo segmento para explorar e potencializar o desenvolvimento profissional e econômico.
Apesar dos riscos, às micro e pequenas empresas oferecem grande possibilidades para um crescimento acelerado e em muitas ocasiões, precisa apenas do aporte de capital e do apoio de profissionais especialistas para orientar as decisões e as estratégias.
Por esse motivo, todo investidor anjo que pretende crescer e ter sucesso deve contar com empresas promissoras, e as que se enquadram no Simples Nacional podem ser excelentes alternativas, mesmo que sejam investimentos a médio ou longo prazo.
Portanto, se você deseja se destacar como investidor anjo, captar empresas optantes pelo Simples Nacional para diversificar a sua carteira é imprescindível. Afinal, apoiar maior quantidade de pequenos negócios com valores mais acessíveis é uma boa estratégia para driblar os riscos e alcançar a lucratividade.
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