Você sabe o que é um IPO? A modalidade de investimento oferece uma chance de captar recursos e ter altos ganhos em curto prazo. Compreenda a seguir!
Entender o que é um IPO pode ser uma oportunidade. Tanto para aumentar os lucros de uma empresa, quanto para investir em um startup com alto potencial de ganho. Airbnb, Méliuz, Enjoei, Wine e o unicórnio PagSeguro são exemplos de empresas que abriram o capital para o público geral.
Paralelamente, de 2019 a 2020, houve um salto de 92,1% no número de investidores da modalidade. Mesmo durante a crise do coronavírus, 27 empresas fizeram IPO e captaram mais de R$44,5 bilhões em recursos. Para 2021, segundo o site Eu Quero Investir, as projeções chegam a R$150 bilhões.
Por isso, ao longo deste artigo, você entenderá o que é IPO e verá quais são as suas principais vantagens. Além de claro, descobrir tudo o que o investidor anjo deve saber antes de investir. Acompanhe!
O que é um IPO
Uma dúvida comum entre os investidores é o que é um IPO. Initial Public Offering (IPO) ou Oferta Inicial de Ações é a primeira oferta de uma empresa no mercado. É quando o proprietário coloca, pela primeira vez, as ações na Bolsa de Valores para conseguir investimentos.
O propósito disso é variado, podendo ser desde captar recursos a ter maior liquidez. Conhecido como “abertura de capital”, na modalidade, a empresa disponibiliza pequenas ações que podem ser compradas pelo público geral. A partir disso, quem compra se torna um acionista, recebendo uma porcentagem do lucro proporcional.
Para muitos empreendimentos, o evento do mercado financeiro é visto como uma chance de conquistar lucros massivos. Para outros, é visto como uma possibilidade para o crescimento da Startup. Com o capital aberto, os investidores se tornam, também, responsáveis por conseguir novos investimentos.
Já para a economia, um número crescente de IPOs significa saúde financeira. Tanto que, durante a recessão econômica, quando o número começa a crescer, pode significar o início de uma recuperação.
Quais são os benefícios do IPO
Para as empresas, independente do segmento, as vantagens de fazer o IPO são variadas. Entretanto, todas convergem em um mesmo aspecto: captar mais recursos e acelerar o crescimento. Já para o investidor, é uma oportunidade de ganhos sem juros. Após a entrada na Bolsa, costuma acontecer a valorização desses empreendimentos.
Neste sentido, saber o que é um IPO e quando investir pode ser benéfico para ambos os lados. Quando uma empresa abre o seu capital, tornando-se um IPO, poderá internacionalizar, comprar outras empresas, melhorar sua estrutura, entre outras vantagens.
Além disso, será possível transformar o seu patrimônio em dinheiro, uma vez que facilita o processo de vendas, gerando liquidez. Para o investidor, o evento do mercado financeiro pode gerar alto retorno em um intervalo de tempo menor. Existe, inclusive, a estratégia de lucro em curtíssimo prazo, conhecida como flipagem.
Nela, o investidor compra a ação antecipadamente, no período de reserva, para vender no dia do lançamento na bolsa. Isso porque os preços de reserva costumam ser mais baixos, logo, os lucros são maiores.Outra vantagem da modalidade é a chance de se inserir em um mercado novo.
E o melhor, com valores mais acessíveis e com expectativa de crescimento veloz. Portanto, além desses benefícios, para o investidor, é possível aumentar o seu portfólio de investimento, apostando em segmentos variados.
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Como a Startup pode se tornar um IPO
O processo para se tornar um IPO demora cerca de 1 ano. Envolve custos, gastos com honorários, taxas e outras despesas que ultrapassam a casa dos milhões. O primeiro passo é montar uma equipe. Equipe a qual deve ser formada por:
- Advogados;
- Banqueiros;
- Contadores;
- Especialistas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Normalmente, as empresas designam um colaborador para agir como gestor, enquanto conta com o apoio dos outros profissionais. O objetivo é garantir que o processo ocorra em conformidade com a lei, sendo vantajoso para todos os envolvidos. Entender o que é o IPO e quais são seus requisitos é essencial.
Depois, o próximo passo é elaborar o prospecto da oferta pública com o histórico de informações contábeis dos últimos anos. Seu propósito é demonstrar os planos e expectativas da startup para o futuro. Como, também, o risco e as expectativas do mercado.
Após pronto, é hora de divulgá-lo para receber comentários. Este mesmo documento será recebido pelos investidores que desejam investir. Com a parte inicial pronta, é preciso escrever os contratos de transição de propriedade e as demonstrações contábeis.
Ambos os documentos precisam passar por um processo de auditoria. Alguns meses após, o conselho se reúne para analisar a auditoria feita. O último passo é depositar o prospecto junto à CVM e realizar o comunicado à imprensa, notificando o novo IPO. Ao final de todas essas etapas, as ações poderão ser lançadas ao mercado pela primeira vez.
Vale mencionar que o preço final é calculado de outra forma. Em vez de falar um preço imediato, a startup definirá diretrizes básicas para o lançamento no prospecto. Com esse valor em mão, os interessados farão ofertas anônimas a fim de “reservar ações”.
Após o término do prazo de reservas, as propostas serão analisadas e o preço definitivo será divulgado.
Quais são os tipos de oferta pública
Para se tornar um IPO, como vimos anteriormente, existe uma série de requisitos legais e obrigatórios. O processo é dividido em etapas, sendo que cada uma delas tem uma função. Da mesma forma, as ofertas também possuem fases: primária e secundária.
A classificação vai depender da origem dos papéis e do destino. Entenda, a seguir, a diferença.
Oferta primária
A oferta primária, como o próprio nome já indica, é a oferta inicial. As ações são vendidas pelas companhias do mercado. O dinheiro vai para o caixa da empresa, aumentando o capital social. Normalmente, os recursos obtidos são para ampliação do empreendimento, investimento em outros mercados, entre outros.
Oferta secundária
A oferta secundária é a compra de uma ação que já existia. É quando, por algum motivo, um dos sócios decide vender ou se desfazer das suas ações. Logo, ele é o responsável pela transação. Neste caso, não há aumento do capital da empresa. Em vez do recurso ir para o caixa, vai para o bolso de quem vendeu a ação.
Quem pode fazer um IPO
O que é o IPO e o cenário do investimento determinam algumas regras para as empresas que querem fazer parte. Por ser um investimento feito na Bolsa de Valores, é preciso seguir alguns requisitos para garantir o retorno financeiro.
Por exemplo, em uma das etapas, o empreendimento e a sua estrutura serão avaliados pela Comissão de Valores Imobiliários. Já para os investidores, não há muitas regras. Independente do capital, somente o conhecimento de como funciona já é suficiente para participar da Oferta Inicial.
Isso porque o profissional deverá ter uma conta corrente no banco ou na corretora que estiver realizando a Oferta. É comum que os responsáveis pela ação avisem em seus sites ou por e-mail quando for acontecer. Logo após, o investidor terá acesso ao prospecto com as informações da empresa.
Com o documento em mãos, será possível avaliar a saúde financeira do negócio, as chances de escalabilidade e outras informações. Neste mesmo arquivo, estará disponível o valor máximo e mínimo para aquisição das ações.
O que o investidor anjo deve saber sobre a modalidade
O primeiro passo antes de investir é estudar o perfil das empresas e planejar seus próximos passos. Faça uma análise aprofundada para compreender os números reais e se vale a pena. Mais que isso, o que é o IPO, quais serão os seus ganhos enquanto investidor, quais as expectativas etc.
Siga o perfil do que você já está acostumado a investir. É importante que você entenda que, assim como todo tipo de investimento, existem riscos. Assim sendo, antes de começar a investir, analise as vantagens e desvantagens da modalidade. O prospecto será um ótimo aliado. No entanto, vá além. Procure informações por fora.
Como vimos ao longo desse artigo, compreender o que é um IPO pode ser uma oportunidade para empreendedores e investidores. A modalidade traz retornos rápidos tanto para quem recebe investimento, como para quem investe. Para o primeiro, pode ser uma chance de captar recursos e crescer.
Para o segundo, aumentar o portfólio de investidor, ter ganhos rápidos em pouco tempo e investir em negócios promissores. Por ser uma transação feita na Bolsa de Valores, o processo da Oferta Inicial é dividido em etapas.
O objetivo de cada uma delas é garantir que tenha o retorno financeiro para ambos os lados. Por isso, é preciso passar por uma avaliação da Comissão de Valores Imobiliários, entre outros processos que gastam tempo.
Já para o investidor, é simplificado. Qualquer um pode investir, desde que possua uma conta no banco ou na corretora responsável. Para os investidores anjos que querem se inserir na área, estude o perfil das empresas e analise de forma aprofunda os números reais. Estude o prospecto, mas busque ir além.
Antes de começar a investir, veja, também, as vantagens e desvantagens da modalidade. É um passo importante.
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