8 tipos de investimento em startups para conhecer agora mesmo

Você conhece os principais tipos de investimento em startups? Confira um artigo completíssimo que fizemos sobre o tema!

Conseguir um investimento é uma etapa importante para qualquer negócio. Não só pela expectativa de crescer, como, também, para ter segurança e tempo para desenvolver seu projeto. Por isso, é importante conhecer os tipos de investimento. Ainda mais no setor das startups, em que, muitas vezes, vemos novidades no mercado.

Novidades as quais, por precisarem de validação, costumam ter dificuldade para progredir. Assim, quando você compreende as possibilidades de conseguir capital, fica mais fácil alinhar as expectativas e se preparar. Cada modalidade traz vantagens e desvantagens que não podem ser desconsideradas antes de decidir.

Enquanto empresário, é uma etapa essencial para transformar sonhos em realidade e tirar do papel um projeto promissor. Já para o investidor, de conhecer oportunidades e ver novas frentes de atuação. Lembrando que o investimento em startups envolve riscos, no entanto, os ganhos são maiores.

Isso porque ao investir em uma startup, você tem a possibilidade de patrocinar um negócio que pode mudar o mundo. Pensando nisso, reunimos os principais tipos de investimento da modalidade que você precisa conhecer. Consideramos desde os mais conhecidos a novidades no setor. Acompanhe!

Investidor anjo

O investimento anjo acontece nas fases iniciais de um negócio e é, provavelmente, uma das modalidades mais conhecidas. É quando um empresário aplica o seu patrimônio em um novo projeto, com altas expectativas de crescimento e retorno financeiro. O interessante da categoria é que o investidor não precisa ser sócio.

Ou seja, ele adquire ações da empresa, que podem ser vendidas a partir de um determinado tempo. Devido ao fato da sua participação ser minoritária, não é preciso tomar decisões corriqueiras nem gerir o negócio. Pelo contrário, espera-se que o anjo aja como mentor.

A modalidade costuma ser formada por empreendedores bem-sucedidos, com experiência na área investida. À vista disso, mais que o capital financeiro, o capital intelectual é, também, uma boa moeda de troca. Outro ponto interessante deste tipo de investimento em startup são suas as redes de contato, que facilitam o networking.

Paralelamente, as startups costumam ser compostas por mais de um anjo. É fundamental encontrar empreendedores e empresas que tenham ambições parecidas. Um relacionamento saudável entre partes é essencial. As rodadas de investimento normalmente são entre R$50 mil a R$600 mil.

Vale dizer que um investidor anjo não necessariamente precisa ser um milionário. Há pessoas que começam com investimentos a partir de R$20 mil.

Seed Money

O Seed Money é indicado para as fases iniciais de uma startup, sendo um dos primeiros aportes recebidos. Como o próprio nome indica, a categoria busca ajudar empresas a se desenvolverem. Neste sentido, o capital investido tem como propósito auxiliar na melhoria de processos e acelerar o crescimento do negócio.

Desde ajudar na contratação de talentos a aquisição de novos recursos, as opções são variadas. Fato é, o projeto em questão ainda está em fase de consolidação. A média do valor investido varia bastante, podendo ser de R$300 mil a R$2 milhões. 

Os investimentos duram de três a oito meses, com pessoas físicas e/ou jurídicas participando. Portanto, mesmo que seja um investimento iniciante, há grandes promessas para o futuro.

Venture Capital

Os gestores de venture capital tendem a ser mais experientes e investir em empresas de pequeno ou médio porte. Neste tipo de investimento em startups, o fundo, grupo ou pessoa física compra participação acionária na empresa. Logo, há o envolvimento direto na gestão da mesma e nas decisões. 

A finalidade da categoria é, a partir dessa participação, aumentar a valorização das ações. Como resultado, quando forem vendidas mais para frente, os ganhos serão muito maiores. Em razão disso, os investimentos costumam ser feitos em empresas com uma base de clientes validada.

Isto é, empresas que se provaram enquanto um negócio escalável. O valor investido costuma ser de, no mínimo, R$500 mil. Além dos ganhos com a venda de ações, os investidores de venture capital faturam com o crescimento do projeto.

IPO

O IPO é a estreia de uma empresa na bolsa de valores. Este tipo de investimento indica a primeira vez que uma startup receberá uma oferta de ações. Em outras palavras, venderá cotas em troca de participação acionária. Normalmente, as empresas que fazem um IPO estão em estágios mais avançados.

Ainda que gere retornos financeiros quase imediatos, o processo é complexo e costuma ser caro. Não só existem as questões burocráticas que precisam ser resolvidas, mas a mudança na mentalidade de gestão para continuar crescendo. Um pouco diferente das outras modalidades de investimento, uma das maiores vantagens do IPO é a liquidez.

Como dito anteriormente, ao abrir o capital da empresa, é uma oportunidade de conseguir capital quase que imediato. Para os sócios que desejam vender suas ações, é uma chance de transformar os papéis no seu bolso em dinheiro.

Private Equity

Os fundos de private equity investem valores mais altos que os de Venture Capital. Neste tipo de investimento em startup, as empresas, de médio porte e consolidadas, já recebem capital de outra modalidade. Entretanto, precisam de um investimento maior para dar saltos de crescimento e expandir exponencialmente.

Por isso, a categoria é indicada para negócios com resultados. Em outras palavras, que faturam milhões e estão em uma fase de maturidade maior. Normalmente, são empreendimentos que pretendem abrir o capital para a Bolsa de Valores ou uma operação relevante de M&A.

Assim como em outros tipos de investimento em startup, a ideia é comprar as ações quando a empresa necessita de capital. Depois disso, enquanto gestor, auxiliou na valorização do projeto para, ao final, vender o que foi adquirido e gerar lucro. 

Resumidamente, os gestores do fundo auxiliarão com a credibilidade e a melhora da imagem institucional da marca, gerando um crescimento sustentável.

Equity Crowdfunding

Em formato de financiamento coletivo, no Equity Crowdfunding, o empresário divulga o seu projeto em uma plataforma online. Os investidores que decidirem aportar na startup, receberão uma participação acionária ou títulos conversíveis de dívida. Diferente das outras modalidades, há um prazo estabelecido para receber o investimento.

Se passar dele e a empresa não atingir a meta, a mesma não recebe o valor. O interessante da modalidade é que expõem o projeto a diferentes tipos de investidores, com perfis variados. Assim sendo, aumenta a sua visibilidade e auxilia no networking. 

Em síntese, este tipo de investimento em startup consiste em uma forma de captação de recursos. No entanto, diferente do crowdfunding tradicional, o processo acontece por meio de uma plataforma autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários. O ambiente regulamentado por lei será utilizado para divulgar a oferta e captar verba.

Love Money

Love Money são os investimentos realizados por amigos e familiares. É quando pessoas com afinidade com o projeto decidem investir com a promessa de retorno a longo prazo. É indicado, principalmente, para empresas iniciantes, com baixo capital, que precisam de tempo e verba para crescer.

Como consequência, é o ponto de partida para vários projetos e gera mais credibilidade no mercado financeiro. Mesmo com a captação sendo feita, inicialmente, por amigos e familiares, traz segurança para os investidores profissionais. Lado a lado, é considerado um tipo de investimento em startup com baixo valor agregado.

Ao receber o investimento, o projeto recebe somente o capital. Não há mentorias, rede de contato, dicas nem nada do estilo para ajudar o empreendedor. Por outro lado, o mesmo tem total liberdade para escolher onde aplicar o valor recebido.

Co-investimento

Mais um investimento em grupo, o Co-investimento é quando um grupo de pessoas se reúne para investir em uma startup. Não é uma modalidade nova no Brasil, todavia, ainda é pouco conhecida. É uma opção atrativa para investidores iniciantes e experientes, visto que o valor individual costuma ser menor.

Mas, mesmo assim, os ganhos continuam altos. No Co-investimento, ocorre uma união de forças, sendo feito, normalmente, pelos anjos. Dessa forma, os mais experientes podem oferecer expertise e capital para ajudar os iniciantes. Como consequência, é benéfico para ambos os lados e para o empreendedor.

Isso porque o valor aportado se torna mais robusto, com um maior número de investidores envolvidos. Logo, reduz, também, os riscos para todos os envolvidos.

Como vimos ao longo deste artigo, existem diferentes tipos de investimento em startup. Cada um deles traz vantagens e desvantagens para o empreendimento, sendo indicado para um estágio específico de maturidade. O Investimento Anjo, Seed Money, Co-investimento e Love Money, por exemplo, são indicados para empresas nas fases iniciais.

São o primeiro ou um dos primeiros recursos recebidos para investir em um projeto com potencial. Enquanto isso, Venture Capital e Equity Crowdfunding para empresas já validadas, de médio porte. Por fim, o IPO e o Private Equity são para negócios maiores, em fase de expansão.

No primeiro caso, por precisar de um valor maior para realizar um IPO. No segundo, por ser um formato de investimento indicado para empresas de médio porte que já tiveram investimentos.

Quer saber mais sobre os tipos de investimento? Deixamos, de indicação de leitura, um artigo que fizemos de co-investimento e investimento anjo. Confira!