Beauty Tech: o que é e porque investir

Você sabe o que são as beauty techs? Conheça este setor de startups que promete ser uma tendência para os próximos anos.

As beauty techs são startups de beleza que utilizam da tecnologia para revolucionar o mercado e propor novas soluções. Conheça mais do setor e veja porquê investir.

Beleza não é futilidade! Pelo contrário, diz respeito a autoestima, bem-estar e amor-próprio. Isso sem falar que é um mercado com números crescentes, sendo uma oportunidade para investidores e empreendedores. Neste cenário, surgem as beauty teachs, empresas que utilizam da tecnologia para revolucionar a área.

Sustentabilidade, multifuncionalidade ou, até mesmo, novos segmentos pouco explorados. A criatividade e a (re)invenção das empresas estão modificando o universo da estética e a própria lógica do setor.  Considerando os números crescentes, é um segmento para ficar de olho.

Pensando nisso, reunimos, a seguir, as principais informações que você precisa saber sobre o tema. Confira!

O que é uma beauty tech

As beauty techs são empresas de tecnologia voltadas para o universo da beleza. Desde o desenvolvimento de produtos a serviços exclusivos, diz respeito à transformação do setor em um mercado revolucionário. Isso porque, mais que soluções, as empresas da área estão modificando a relação das pessoas com elas mesmas.

Filtros que auxiliam na testagem das maquiagens, fórmulas especiais com nanopartículas, sistemas de entrega especializados, os exemplos são variados. O setor da beleza já usava as tecnologias para melhorar suas soluções. Um exemplo disso é a luz pulsada, a alta frequência e outros procedimentos estéticos que são tendências na atualidade.

No entanto, nos últimos anos, para tornar a solução ainda mais competitiva, os recursos da indústria 4.0 se tornaram prioridade. O propósito disso é acelerar a evolução da área e oferecer serviços cada vez mais exclusivos e personalizados. Os setores mais comuns de atuação da área são:

  • desenvolvimento de produtos;
  • manufatura e produção;
  • preços e distribuição;
  • marketing e merchandising;
  • experiência do cliente.

Vale mencionar que, por mais que o uso da tecnologia na estética seja antigo, as beauty techs são relativamente recentes. Dois momentos em específico marcam o surgimento e fortalecimento da tendência. O primeiro deles, o aumento da participação dos produtos ecológicos no mercado. O segundo, a crise do coronavírus.

Em uma época em que as pessoas não podiam sair na rua, as empresas encontraram formas de levar às lojas a domicílio. Um exemplo disso é a realidade virtual que passa batom, ajudando a pessoa a escolher o melhor produto da marca.

Ou, até mesmo, um espelho que faz diagnóstico e ajuda a compreender as reais necessidades da pele.

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O que classifica uma beauty tech

Como vimos anteriormente, as beauty tech são empresas que utilizam da tecnologia para crescer. Para ser considerada uma empresa da área, é preciso que a inovação faça parte dos processos. Não só para o desenvolvimento dos produtos, como para a organização de todos os outros setores.

Por exemplo, as empresas que trabalham com delivery e as voltadas para o setor de estoques. A criatividade pode e deve fazer parte de todas as etapas. Por outro lado, as soluções não devem ser vistas enquanto tecnologia, e sim como itens essenciais para o cotidiano.

Lembrando que as beauty techs não são só sobre maquiagem. Consiste em:

  • produtos de banho;
  • cuidados com a pele e dermatológicos;
  • linhas de cabelo;
  • unhas;
  • utensílios de beleza (secador de cabelo, escova, bucha etc), entre outros.

Quais são as perspectivas do setor

Até 2024, a expectativa é que o mercado das beauty techs ultrapasse a marca dos US$34 bilhões. Vale mencionar que o Brasil é o quarto maior mercado de beleza e cuidados com a pele do mundo. Estamos atrás, somente, dos Estados Unidos, da China e do Japão.

No setor das fragrâncias, em específico, somos o segundo maior público, mas também nos destacamos na produção. Em 2018, segundo a Anvisa, havia 2.794 empresas enquadradas na modalidade. Até 2023,o Euromonitor International prevê três tendências para o setor:

  • engajamento digital;
  • posicionamento ético;
  • atributos orgânicos e naturais.

Mesmo faltando cerca de 2 anos para este prazo, já vemos algumas dessas previsões tornando-se realidade. Em 2018, a Natura, uma das referências da área, lançou a Nat Natura. Negra, de cabelo cacheado e em transição capilar, a assistente virtual humanizou a marca e melhorou o seu engajamento.

A Nat é um case de sucesso que mescla inovação com representatividade. Um pouco depois, a Dailus, outra beauty tech, lançou a Daí, sua assistente virtual para melhorar a relação com o público. Gorda, tatuada e de cabelo colorido, a Dai é mais uma referência para milhares de brasileiras.

Ambos os movimentos demonstram que o mercado está se adaptando e, mais que isso, as tecnologias são aliadas essenciais. Já no setor de reinvenção e sustentabilidade, outra empresa referência é a Sallve. A startup brasileira é uma marca de cosméticos digitais, com o propósito de conectar pessoas e ideias.

Todos os produtos até então lançados foram criados a partir da escuta ativa. Isto é, a partir das reivindicações e pedidos do seu público. Simultaneamente, outro modelo de negócio que vem se destacando são as startups de produtos veganos, naturais e/ou artesanais.

Segundo dados da Nielsen, a sustentabilidade está entre as três maiores preocupações dos brasileiros.

Porque investir nas beauty techs

As beauty techs são um mercado em ascensão de produtos de uso diário que fazem parte da vida das pessoas. Entre os setores mais populares, está a categoria de cuidado com a pele. Os produtos, para diferentes públicos e idades, vem se destacando por causa da eficácia.

Fora que, quando comparado ao mercado tradicional, o custo-benefício costuma ser muito melhor. Hoje em dia, a estética já faz parte da qualidade de vida, ainda mais na era dos filtros e da harmonização facial. As pessoas estão buscando formas de se sentir mais bonitas e seguras consigo mesmas.

Por isso, para os investidores, é um setor que promete resultados surpreendentes nos próximos anos. A expectativa é que as empresas se adaptem a necessidade do público e criem soluções revolucionárias para o cotidiano. Novamente, não falamos de futilidade, tratamos de produtos que estão ligados a qualidade de vida.

Além disso, existem os próprios números do setor que justificam o investimento. As criações brasileiras são exportadas para mais de 174 países. O Brasil é responsável por metade das produções da América Latina. O mercado de beleza gera cerca de seis milhões de oportunidades de trabalho.

Existem, também, inúmeras possibilidades para quem quer investir na área. 70% das mulheres negras se sentem insatisfeitas quando o assunto é maquiagem, é o que aponta uma pesquisa da Avon. Até 2023, a expectativa é que os produtos masculinos alcancem US$78,6 bilhões, entre outros exemplos.

Portanto, opções não faltam para arriscar e testar novas possibilidades.

Quais são as beauty techs mais conhecidas

Seja você um investidor, seja um empreendedor, conhecer a concorrência é essencial. Por isso, separamos a seguir 5 beauty techs que estão chamando atenção. Para prezar pela variedade de soluções e mercados, trouxemos startups de segmentos variados. Veja a seguir.

Singu

A Singu é líder em delivery de produtos de beleza. Já são mais de 500 mil produtos vendidos, com mais de 3.000 parceiros. Para mais, a startup fundada em 2015 foi a primeira a conectar os profissionais da área com possíveis clientes. 

Manicures, pedicures, massoterapeutas ou depiladores, toda a transação acontece direto da plataforma. O usuário pode agendar seu horário, encontrar o profissional e pagar online. Para os consumidores, é possível conseguir atendimento em até 40 minutos.

Function of Beauty

Ainda sem atuação no Brasil, a Function of Beauty é referência em personalização para produtos de cabelo. Criada em 2015, a empresa desenvolveu um software para analisar as necessidades do seu público, fazer perguntas e, a partir disso, propor o cosmético ideal.

São mais de 12 bilhões de combinações possíveis, o que vem tornando a beauty tech uma das autoridades na área. O algoritmo criado proporciona uma experiência personalizada desde o primeiro contato com a marca. Além de escolher a fórmula, o cliente pode definir a cor da embalagem, a intensidade do cheiro etc.

InsitU

Focada em produtos naturais para o cuidado da pele, a InsitU foi acelerada, recentemente, pela L’Oreal, maior beauty tech da atualidade. Em síntese, os produtos vem chamando atenção por misturar biotecnologia com cuidados de saúde. Tudo isso enquanto oferece um serviço personalizado.

Em síntese, seus diferenciais são:

  • cuidados com a pele verdadeiramente personalizados;
  • ingredientes ativos naturais;
  • ciência de precisão avançada;
  • responsabilidade ambiental com as suas soluções.

Premmadonna

Simples e revolucionário, a Premmadonna criou uma solução em que os usuários podem imprimir as próprias artes para as unhas pelo celular. O propósito disso é permitir que mulheres produzam seus produtos e utilizem da inovação e da interatividade para se destacarem.

Fundada em 2015, a empresa atua em diferentes áreas da beleza.

Tailify

Com sede em Londres, a proposta da startup é unir influenciadores e marcas em uma relação que seja benéfica para ambos os lados. O software desenvolvido, focado na análise de dados, permite que os envolvidos encontrem os melhores parceiros para suas ações

Tanto o influenciador pode monetizar seus conteúdos, oferecendo para a plataforma, como as marcas podem encontrar os melhores parceiros. Atualmente, a empresa ainda não possui atuação no Brasil, mas vale a pena ficar de olho.

As beauty techs são empresas de beleza que utilizam da tecnologia para oferecer soluções revolucionárias. Como vimos ao longo deste artigo, não é só sobre maquiagem. O setor é composto por empresas de produtos de cuidado com a pele, cabelo, utensílios, entre outros.

A atuação vai desde softwares de gestão a aplicativos de delivery especializado. Por isso, é um setor para ficar de olho, ainda mais considerando que o Brasil tem o quarto maior mercado do mundo, com números crescentes.

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