Como funciona o venture capital para startups? Explicamos

Neste artigo, você vai saber mais sobre a venture capital, como ela funciona, o mercado no Brasil e outras informações.

As fintechs e startups no Brasil estão sempre em busca de inovar nos diferentes setores da economia. Esse cenário é um terreno muito fértil para o venture capital para startups

Essa é uma opção de investimento mais lucrativa realizada por investidores individuais, empresas que investem em startups que possuem elevado potencial de crescimento. 

Empresas que estão no estágio inicial demandam um investimento especial. O venture capital é conhecido também como capital de risco, pois é um investimento em startups com elevado potencial para crescerem, mas também com elevado nível de risco. 

Neste artigo, você vai saber mais sobre a venture capital, como ela funciona, o mercado no Brasil e outras informações. 

O que é Venture Capital?

O venture capital para startups é uma aplicação realizada por meio de fundos de investimentos com participações (FIPs)

Esses fundos são supervisionados e regulados pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários, voltados para empresas que estão em estágio inicial, mas que já faturam milhões e possuem alto potencial de desenvolvimento, pois oferecem um produto inovador.

O venture capital é voltado para startups de pequeno e médio porte. Fundos de investimentos ou investidores individuais analisam o potencial das empresas emergentes para captar recursos e aplicar o capital financeiro, a fim de obter um retorno maior a longo prazo. 

O investimento não é passivo, uma vez que as empresas assumem o risco de operação e se tornam sócias das startups. Ao longo de todo período do investimento, os investidores agregam valor à startup no que diz respeito à gestão e estratégia. 

O capital dos fundos de investimentos com participações pode vir de recursos próprios ou de terceiros como: fundos de pensão; investidores qualificados; agências de desenvolvimento e fomento e gestoras de fortunas.

Origem do venture capital

O venture capital surgiu nos Estados Unidos, em 1946, quando empresas americanas nasceram com objetivo de fornecer aporte financeiro e assistência para empresários, em troca de ganhos de capital

Essa modalidade foi impulsionada pelo domínio de fortunas das famílias no início do século XIX, por exemplo a dos Rockefellers. Com uma carteira de investimento ampla, essas famílias viam empresas de inovações e tecnologias poderiam potenciar altos lucros. 

Durante as próximas duas décadas, o venture capital foi disseminado em todo mundo. Atualmente, há inúmeras companhias estruturadas a partir do venture capital startups. Muitas dessas companhias se tornaram verdadeiros impérios como: Yahoo, Oracle, Intel, Google, AMD, Apple, entre outras. 

No Brasil, o venture capital para startups chegou em 1974, quando o BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento, criou subsidiárias para essa modalidade. Em 1982, elas foram fundidas com o nome BNDESPAR. 

Ao longo dos anos, surgiram algumas organizações para esse setor. Mas a expansão forte aconteceu entre 1999 e 2001, quando mais de 12 empresas entraram no mercado. No país, o venture capital é uma maneira que startups têm de se desenvolverem, mesmo que não tenham crédito via bancos. 

Modalidades de riscos

Em resumo, o venture capital startups desenvolvem um fundo para selecionar, pesquisar e capitalizar uma empresa emergente que tem elevado potencial de crescimento, mas também um risco considerável. Os grupos de venture capital possuem dois tipos de modalidades: general partner e limited partner. 

  • General Partner ou parceiro geral – Os participantes do grupo escolhem em qual companhia investir parte do capital. Há uma certa autonomia.
  • Limited Partner ou parceiro limitado – Nessa modalidade somente alguns participantes fazem a gestão do grupo. Os outros apenas aplicam o capital para receberem os lucros. 

Objetivos do venture capital

O venture capital para startups tem como objetivos: investimento financeiro e participação do investimento no gerenciamento da startup, o que contribui para seu desenvolvimento. 

Essa modalidade se diferencia de outros investimentos em startups como: investidores anjo, que buscam empresas que estão em estágio embrionário; e dos investimentos tipo private equity, que procuram por empresas maiores com elevado faturamento. 

O venture capital se torna uma das principais maneiras de financiar startups, que mesmo estando em fase inicial, já se encontram em crescimento. Os investidores exigem uma participação na empresa ou aquisição de ações.

Muitos fundos de Venture Capital preferem focar em startups que já possuem um MVP e estão em pleno funcionamento. O MVP (Minimum Viable Product) significa que a empresa tem um produto que é viável, com suas funcionalidades. 

O venture capital é feito para startups que estão em fase inicial, seja ela operacional ou apenas nova de mercado, mas num estágio mais avançado. 

Dessa forma, ele é considerado um investimento de alto risco, pois o modelo de negócio pode estar testado e bem estruturado, mas não é possível dar garantia de resultados.

Como funciona o Venture Capital?

No venture capital startups, os fundos de investidores ou investidores individuais participam das empresas por meio de compra de ações ou da participação societária. 

Com isso, eles participam mais ativamente nos processos e decisões da startup. Em geral, os investidores adquirem até 40% do capital total da startup. 

O tempo do venture capital investido na startup pode variar de 2 a 10 anos. O capital pode inicial em 500 mil reais até 10 milhões de reais. Os investidores podem recuperar esse valor por meio da abertura do capital na bolsa de valores ou na compra e venda de ações. 

Criação do grupo 

O grupo para investir em venture capital é firmado por meio de um estatuto operacional ou contrato que determina as porcentagens do investimento e as competências para cada participante. 

Além disso, o contrato estabelece a visão do empreendimento, o foco dos investimentos e a área de atuação. 

Depois disso, o grupo define a fase e  o tipo de perfil que a startup se encontra. Há três tipos:

Aceleradoras – São empresas que já estão funcionando e estabelecidas, mas que precisam melhorar seu desempenho e acelerar o crescimento. 

Capital Semente – São empresas que ainda precisam ser constituídas, pois só existem no papel.

Incubadoras – São empresas que ainda não possuem uma firmeza no mercado, mas podem ser incorporadas. 

A escolha do startup

Para escolher uma startup, o fundo de venture capital precisa levar em consideração vários fatores. O estudo é complexo, pois o objetivo é avaliar as chances que a startup tem para oferecer um retorno financeiro. 

Para isso, o fundo de venture capital considera os seguintes fatores para o processo de seleção das startups:

  1. O conceito do negócio;
  2. Segmento da startup;
  3. Potencialidade dos riscos;
  4. Análise dos sócios.

Anualmente, são milhares de startups que são analisadas pelo fundo venture capital, mas apenas algumas delas recebem realmente apoio. Os grupos podem participar na administração executiva das startups, ou eles podem investir comprando ações antecipadamente. 

Além do investimento em dinheiro, os grupos de venture capital fornecem consultoria, treinamento, carteira de clientes e expertise. 

Se o investimento for bem-sucedido, as startups de venture capital devolvem o dinheiro para os investidores, acrescido de lucros. Isso acontece quando a empresa entrou no mercado de ações ou foi comprada por uma grande empresa. 

O maior objetivo das startups e dos investidores que escolhem o venture capital é que a startup se torne uma startup unicórnio. Entre outras palavras, que a empresa consiga ter seu valor estimado em mais de 1 bilhão de dólares. 

Mercado de venture capital no Brasil

O mercado de venture capital tem se expandido constantemente. Cerca de 56% dos investimentos em venture capital na América Latina acontecem no Brasil

Somente em 2019, as startups brasileiras receberam 2,7 bilhões de dólares em investimento de venture capital. Mesmo em 2020, o ano da pandemia do Covid-19, o mercado de venture capital startups se manteve em evolução. 

Existem dois exemplos bem conhecidos de venture capital no Brasil: a Red Point e a Kaszek.

Kaszek

É uma empresa de venture capital focada na América Latina para investir em startups do segmento tecnológico. A empresa fornece diversos benefícios como redes de contatos, tecnologia, execução corporativa, planejamento estratégico, entre outros. 

A Kaszek é uma das principais investidoras da Pitzi e do Nubank. Esse último foi classificado recentemente como uma startup unicórnio.

Red Point Ventures

A Red Point Ventures é um fundo de investimento em startups, sediado em São Paulo. 

O fundo é um dos mais procurados por empreendedores, pois oferece além de dinheiro para o investimento no crescimento da empresa, oportunidades de crescimento. 

Estas oportunidades, traçadas com base na melhoria dos processos e de todo o suporte que a Red Point pode oferecer. 

O venture capital, o risco que vale a pena!

De acordo com a ABVCAP – Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital, a estrutura do investimento é unir os esforços entre startups e investidores para agregar mais valor à empresa. Para isso, será necessário compartilhar os riscos do negócio

O venture capital startups é uma das maneiras mais procuradas de acelerar essas empresas tanto no Brasil quanto no exterior. 

As startups obtêm recursos suficientes para se dedicarem à pesquisa e criar soluções inovadoras. Os investidores direcionam o gerenciamento do negócio, que se envolve no crescimento, em troca de retornos elevados. 

Esse investimento possui uma rentabilidade de longo prazo, portanto é destinada para investidores que não tenham pressa de receber seu capital de volta num curto espaço de tempo. 

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