5 coisas que você precisa saber antes de investir

Quer se tornar investidor, mas não sabe como? Confira no blog o que você precisa saber antes de investir.

Consolidar o patrimônio, conquistar a independência financeira ou garantir uma boa reserva são apenas alguns dos motivos pelos quais as pessoas têm cada vez mais se interessado em investir. Mas, afinal, o que é um investimento? Investimento é todo gasto ou aplicação de recurso que visa um retorno futuro. Financeiramente, corresponde a aplicar dinheiro para que ele produza rendimentos em um determinado prazo. 

Após desmistificar esse conceito, é o momento de fazer a autogestão. Investir não é o mesmo que poupar, pois consiste em aplicar dinheiro, não em guardá-lo. Por isso, é importante identificar a quantia que dispõe para essa aplicação, o objetivo desse investimento e o prazo em que deseja obter um retorno. A partir dessas informações, é possível estabelecer uma base para dar o próximo passo, analisando o segmento, o modelo de negócio e as especificações do investimento.

Tem sido crescente o interesse pelo investimento em startups, que são empresas com uma ideia inovadora e seguem um modelo de negócios repetível e escalável. Essa capacidade de reproduzir em escala sem gerar grande aumento de custos possibilita o acúmulo de receita, gerando lucro e contribuindo para que as startups apresentem grandes retornos potenciais. Levando em consideração o que você precisa saber antes de investir, fizemos uma seleção quando o assunto é startup. Confira:

Analise os fatores básicos do investimento

Primeiro, é fundamental entender o cenário econômico para tomar decisões e aproveitar a oportunidade de investimentos, pois variáveis como inflação e taxa de juros afetam diretamente a rentabilidade e, portanto, alguns tipos de retorno. O impacto dessas variantes está diretamente relacionado à liquidez do investimento, que tem em conta o período em que o dinheiro deve se manter aplicado para ter rendimento e o período entre a solicitação do resgate e o recebimento do dinheiro.

Conhecer os riscos de uma aplicação é o que permite calibrar a expectativa de retorno em relação ao risco que está disposto em assumir. No caso das startups, é preciso considerar que o potencial de alto crescimento em pouco tempo é uma característica, não uma regra. Apesar de o investimento ser arriscado, seu potencial de retorno supera o dos investimentos tradicionais, sendo o lucro um de seus principais atrativos. 

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Busque por startups referentes no segmento de seu interesse

Antes de aplicar seu dinheiro em uma startup, é preciso entender o produto ou serviço que ela oferece, assim como seu elemento de inovação. Consequentemente, para saber como o negócio funciona, será necessário estudar sobre o mercado em que ele está inserido, aprendendo sobre o público alvo e concorrência, por exemplo. Esse processo de informação e conhecimento, que demanda tempo e dedicação quando realizado individualmente, já foi facilitado pelas plataformas de investimento ao reunir todas essas informações. 

Ainda assim, como principal interessado na obtenção de retorno do patrimônio investido, você pode buscar por startups que sejam referência no segmento que deseja investir e, então, identificar a partir de suas trajetórias os pontos que possibilitaram seu crescimento e sucesso.

Identifique as estratégias bem-sucedidas de investimento

Para diminuir o risco do investimento é importante seguir estratégias que já apresentam bons resultados. Caso se sinta mais seguro ao investir em grupo, saiba que é possível encontrar grupos experientes, com critérios bem estruturados para analisar e escolher startups. Mas, caso deseje sozinho realizar um investimento, apresentamos algumas estratégias que têm como elemento comum a diversificação.

Seja com relação à carteira, ao mercado, ao modelo de negócios, ao perfil do empreendedor ou à startup, o objetivo dessa prática é diminuir o risco de perder dinheiro se uma das aplicações der errado, ao mesmo tempo em que maximiza as chances de ter algum ganho. De modo geral, ao diversificar o investimento é possível contar que os ganhos superem as perdas, ainda gerando lucro.

Para diversificar a carteira ou portfólio, basta parcelar o investimento total em valores iguais ou semelhantes para investir em uma média de 10 a 30 startups. Pode ser que você tenha a impressão de não estar investindo muito ou diluindo seu dinheiro, mas a relação sobre o tamanho do portfólio e o retorno dos investimentos é, na verdade, uma teoria desenvolvida pelo empreendedor norte americano David McClure. 

De modo semelhante, é possível diversificar o mercado ou o modelo de negócio, com base em seus conhecimentos e sua experiência. Quanto a diversificar o perfil do empreendedor, é possível investir tanto em perfis que tenham características pessoais semelhantes às suas, quanto buscar por perfis comuns entre os fundadores que tiveram maior sucesso em seus negócios.

Além disso, o investimento em startup também é regulado pela Comissão de Valores Imobiliários, que criou a norma CVM 588 para a proteção do investidor ao limitar o investimento anual de acordo com cada perfil de investidor e fiscalizar as plataformas que oferecem esse investimento, criando um padrão de qualidade.

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Conheça como aplicar e as formas de obter o retorno da sua aplicação

Decidido o valor total disponível para investir, existem diferentes maneiras para realizar essa aplicação em startups, seja via aceleradora, investimento anjo, plataforma de investimentos ou por séries (A, B, C). As três primeiras modalidades são para pessoas físicas, enquanto o investimento por séries é dedicado aos grandes fundos de investimento, conhecidos como investidores institucionais. Conheça algumas particularidades dessas opções:

  • Aceleradoras: São organizações que têm como objetivo desenvolver e expandir as startups em fase inicial. Ao escolher essa opção, você participará de um comitê para escolher as empresas que deseja investir, então a aceleradora criará um portfólio que pode variar entre R$50 a R$100 mil, com retorno a médio prazo;
  • Investimento anjo: Também conhecido como smart money, o investidor anjo não aplica apenas seu dinheiro, mas assume papel de mentor ou conselheiro para auxiliar no crescimento da empresa. Os valores variam de R$50 a R$250 mil, com alto risco e médio prazo de retorno;
  • Plataforma de investimentos: São plataformas digitais utilizadas para investir, podendo ser disponibilizadas por corretoras de valores ou fintechs aos seus clientes. Costumam disponibilizar investimentos de médio risco, curto prazo e com valores de aplicação variáveis;
  • Séries: As séries correspondem às rodadas de investimento realizadas com investidores profissionais. Ou seja, a série A é a primeira rodada, B a segunda, C a terceira, e assim por diante. São grandes fundos de investimento que optam por startups em fase de crescimento para realizar aportes de milhões de reais, visando retorno em curto prazo. 

De acordo com o cenário no momento do retorno, o rendimento do seu dinheiro pode ser obtido por aquisição, que é o cenário mais comum quando a startup conquista um lugar significativo no mercado, despertando o interesse de companhias maiores. Devido ao alto valor mnegociado pela venda da empresa, os investidores têm a possibilidade de obter grande retorno financeiro por acompanhar a empresa desde o início.

Outro meio de retorno é o pagamento de dividendos, ou seja, valor distribuído aos acionistas pela participação nos resultados da empresa. Por fim, também é possível ter retorno pelo IPO (Inicial Public Offering, ou Oferta Pública Inicial), que corresponde ao momento em que uma empresa abre capital na bolsa de valores, podendo negociar as ações ao público livremente. Essa abertura permite o repasse de ações a outros investidores, transformando o papel em dinheiro.

Revise os termos contratuais antes de começar a investir

O contrato de investimento estabelece os direitos e os deveres tanto da startup quanto do investidor, avaliando seus interesses e suas expectativas para que ambas as partes sejam contempladas. Afinal, esse é o documento que oficializa a relação entre fundador e investidor, garantindo a segurança jurídica.

Basicamente, os contratos que estabelecem esse tipo de investimento podem ser um contrato de dívida, definindo uma relação de crédito em que a empresa deve ao investidor, ou um um contrato que assegura algum tipo de participação societária, originando uma relação de propriedade, na qual o investidor adquire parte da empresa. Assim, são estabelecidos os três principais contratos: 

  • Mútuo conversível: são dívidas conversíveis que permitem que o dinheiro aportado pelo investidor seja considerado um empréstimo com prazo de vencimento e, quando cumpridas as condições estabelecidas, a dívida pode ser convertida em participação societária ou, quando já se tratar de uma sociedade por ações, em debênture conversível; 
  • Contrato de participação: ainda que pouco utilizado, o contrato permite que o investidor realize aportes e resgate os valores futuramente sem que seja estabelecida uma relação societária ou um empréstimo. Caso deseje, o investidor pode optar por uma cláusula que preveja conversão do investimento em participação societária, como no caso do mútuo conversível;
  • Aquisição de participação societária: trata-se de uma aquisição de participação no capital social da sociedade, definida por meio de um contrato de aquisição ou subscrição de quotas e ações. Ou seja, o investidor automaticamente torna-se sócio e assume todos os riscos com a empresa. 

Portanto, quando bem definidos e revisados os termos, você valida seu compromisso e tem maiores chances de que essa startup cresça e gere o retorno da sua aplicação, podendo até mesmo favorecer uma próxima rodada de investimentos.

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